Nesta manhã de quinta-feira (10), agentes da Polícia Federal executaram três mandados judiciais de busca e apreensão visando suspeitos de recrutamento de jovens adolescentes para a organização terrorista Estado Islâmico.
Os mandados, emitidos pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Belo Horizonte (MG), foram efetivados nos estados de São Paulo (dois) e Rio de Janeiro (um). A identidade dos indivíduos alvo dessas ações não foi divulgada.
De acordo com a Polícia Federal (PF), as suspeitas relacionadas a corrupção de menores e promoção de atividades terroristas começaram a ser investigadas em junho deste ano, após a detenção de um brasileiro no Aeroporto Internacional de Guarulhos, São Paulo.
O homem, cuja identidade não foi revelada, estava no momento de partida para o exterior, com a intenção de se juntar ao Estado Islâmico. Os investigadores apontam que ele costumava utilizar aplicativos de mensagens para se comunicar com adolescentes, tentando persuadi-los a se envolver e integrar a organização terrorista.
Naquela ocasião, além de interceptar o suspeito enquanto ele tentava embarcar em um voo internacional no Aeroporto Internacional de Guarulhos, a PF também cumpriu mandados de busca e apreensão em São José dos Campos (SP) e Barbacena (MG).
Sob vigência desde 2016, a chamada Lei Antiterrorismo estabelece uma pena de reclusão de cinco a oito anos, além de multa, para aqueles que promovem ou integram organizações terroristas – uma ofensa classificada como crime hediondo. Ademais, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estipula uma pena de um a quatro anos de reclusão para aqueles que cometem o crime de corrupção de menores, podendo tal pena ser ampliada em um terço quando envolver infrações conforme previsto na Lei Antiterrorismo.