Produtos da ceia de Natal sobem 10,19%; presentes aumentam 4,23% em mA�dia

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Em contrapartida, pesquisa do FGV mostra recuo nos preA�os dos presentes no perA�odo de 12 meses

Ilustrativa
Ilustrativa

A cesta de produtos para a ceia do Natal deste ano subiu 10,19%, de acordo com pesquisa divulgada hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Economia da FundaA�A?o Getulio Vargas (FGV/Ibre). O resultado supera a inflaA�A?o mA�dia de 6,76%, acumulada nos A?ltimos 12 meses medida em novembro , segundo o A?ndice de PreA�os ao Consumidor (IPC), da FGV. Entre os itens com maior aumento de preA�o, destaque para azeite (17,52%), vinho (16,95%) e frutas frescas (16,91%).

O economista AndrA� Braz, coordenador do IPC do FGV/Ibre, disse que como se espera uma inflaA�A?o para o ano abaixo de 7%, a alta de 10,19% A� real. a�?Quer dizer que esses produtos jA? vA?o pesar nos orA�amentos comprometidos pela crise que a gente atravessa. O consumidor vai ter que usar, mais do que nunca, sua criatividade, para botar o mA�nimo na ceiaa�?. Braz avaliou que ao fazer as compras para o Natal, o consumidor nA?o terA? nenhum alA�vio. Vai perceber o efeito dos aumentos recentes. a�?Ainda que a inflaA�A?o esteja cedendo agora, com as taxas recuando, isso ainda A� um desafio porque os alimentos acumulam uma gordura muito grande do tempo em que estavam subindo de preA�o e as famA�lias estA?o com a carteira vazia, porque tem muita gente desempregadaa�?. Ele diz que hA? um efeito da recessA?o na ceia de Natal.

Presentes

A pesquisa da FGV mostra, em contrapartida, recuo nos preA�os dos presentes no perA�odo de 12 meses. A mA�dia dos preA�os ficou em 4,23%, A�ndice que estA? abaixo da inflaA�A?o. Isso se explica, segundo Braz, porque entre os presentes hA? muitos bens durA?veis que sA?o adquiridos financiados. a�?NinguA�m estA? se comprometendo no longo prazo com essa taxa de juros alta, atA� porque estA? com medo de perder o emprego, quem ainda pode financiar, e nA?o tem capacidade de pagar um produto influenciado por uma taxa de juros desse tamanho. Isso diminuiu muito o consumo de eletroeletrA?nicosa�?, explicou. Com isso, os preA�os nA?o tiveram como avanA�ar.

Apesar disso, o economista nA?o aconselha os consumidores que nA?o se prepararam para comprarem bens durA?veis neste momento. a�?EstA? mais na A�poca da gente economizar dinheiroa�?. A recomendaA�A?o A� que deem preferA?ncia a bens que nA?o ocupam muito espaA�o no orA�amento, como vestuA?rio, por exemplo, incluindo roupas e calA�ados, cujos preA�os evoluA�ram 3,77% entre dezembro de 2015 e novembro deste ano. a�?DA? para a gente presentear com coisas que cabem mais no bolso e nA?o precisam de financiamento de longo prazoa�?.

ModeraA�A?o

O levantamento do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL Rio) revela pouco otimismo da parte do comA�rcio do municA�pio para o Natal. Dos 750 lojistas da cidade do Rio de Janeiro consultados sobre a expectativa para o Natal, 60% estimam crescimento de apenas 1% nas vendas este ano. Apesar da crise financeira que o estado atravessa, o presidente do CDL Rio, Aldo GonA�alves, disse que os lojistas estA?o preparados para a demanda, fazendo promoA�A�es, fixando descontos e planos de pagamentos facilitados, alA�m da promoA�A?o de liquidaA�A�es, lanA�amento de novos produtos e diversificaA�A?o de produtos.

GonA�alves atribuiu o otimismo moderado dos lojistas em relaA�A?o ao Natal ao fraco desempenho das vendas nas datas comemorativas ocorridas durante o ano. Segundo ele, o desemprego, os juros altos e a inflaA�A?o sA?o fatores inibidores do consumo. a�?Quando a economia vai mal, afeta o clima de otimismo e inviabiliza as compras. A� o ambiente econA?mico que dita o comportamento do consumidor. A� a economia em desenvolvimento harmonioso que sustenta os ciclos de produA�A?o, emprego, consumo e progresso social. NA?o se conhece fA?rmula diferentea�?, disse Aldo. Os lojistas acreditam que os presentes mais vendidos no Natal serA?o brinquedos, roupas, calA�ados, lembrancinhas, bolsas, acessA?rios e bijuterias, com preA�o mA�dio por presente de R$ 100.

Gasto mA�dio

Sondagem nacional efetuada pela FederaA�A?o do ComA�rcio do Estado do Rio de Janeiro (FecomA�rcio/RJ) e Instituto Ipsos estima o gasto mA�dio real, descontada a inflaA�A?o, com presentes no Natal em R$ 235,25, injetando na economia do paA�s recursos de R$ 14,8 bilhA�es. Segundo o levantamento, 41% dos brasileiros pretendem presentear alguA�m na data, com destaque para a RegiA?o Sul (46%), seguida da RegiA?o Norte (44%), Centro Oeste (41%), Sudeste (40%) e Nordeste (37%).

Por classes sociais, a pesquisa identificou que 53% das classes A e B vA?o comprar presentes no Natal, enquanto na classe C, o percentual cai para 40%. Nas classes D e E, 21% disseram que vA?o presentear alguA�m. A sondagem mostra, tambA�m, que as lembrancinhas (43%), tal como ocorreu no ano passado, continuam concentrando a preferA?ncia do consumidor. Seguem-se roupas e acessA?rios, com 40%, e brinquedos (22%).

Expectativas

A Sondagem de Expectativas do Consumidor, divulgada tambA�m hoje pela FGV, indica melhora na intenA�A?o de compras de Natal dos brasileiros, embora em patamar ainda fraco em termos histA?ricos: 57,7% dos consumidores pretendem gastar menos do que no ano passado, contra 5,4% que tencionam gastar mais. Em 2015, os percentuais alcanA�aram 61,5% e 5,6%, respectivamente.

De acordo com a FGV, o preA�o mA�dio real previsto para os presentes de Natal subiu 12%, passando de R$ 91,42 para R$ 102,35, de 2015 para 2016. Os itens mais procurados, segundo a FGV, sA?o roupas e brinquedos, citados, respectivamente, por 43,9% e 20,9% dos consumidores.

Fonte: AgA?ncia Brasil.

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