O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) esperou atA� 1h da manhA? desta sexta-feira, 29, para poder pregar uma peA�a na autora do pedido de impeachment, Janaina Paschoal, na sessA?o dedicada a ouvir os denunciantes na comissA?o especial.
Ele fez uma explanaA�A?o apresentando a ediA�A?o de decretos de crA�ditos suplementares especA�ficos e pediu, em seguida, a opiniA?o de JanaA�na sobre esses documentos.A�A jurista defendeu que os crA�ditos suplementares sem a autorizaA�A?o do Congresso Nacional configuram crime de responsabilidade e devem ser punidos com o impeachment. “Muito bem, fico feliz com sua opiniA?o, porque a senhora acabou de concordar com o pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer”, disse Randolfe. “Essas aA�A�es que eu li foram tomadas pelo vice”.A�A professora ficou constrangida e tentou se explicar. Apenas algumas horas antes ela havia dito que nA?o havia indA�cios suficientes para pedir o impeachment de Temer. “O Vice-presidente assina documentos por ausA?ncia do presidente, por delegaA�A?o. Neste caso, nA?o hA? o tripA� de crimes continuados e intercalados entre si”, tentou justificar.
JA? perto da meia-noite, quando a sessA?o jA? andava morna, a denunciante Janaina Paschoal se exaltou com o senador TelmA?rio Mota (PDT-RR) depois que ele questionou se ela era advogada do procurador da RepA?blica Douglas Kirchner, demitido pelo Conselho Nacional do MinistA�rio PA?blico por suspeita de agredir e torturar a esposa. “NA?o quero! NA?o vou admitir”, gritou.A�Ela levou uma bronca do presidente da comissA?o, senador Raimundo Lira (PMDB-PB). “Por favor, vamos falar em um tom compatA�vel com o ambiente em que nA?s estamos”.A�Convidada ao lado do advogado Miguel Reale Jr. para detalhar o pedido de impeachment que tramita no Congresso, JanaA�na rebateu que “seu cliente nunca bateu na mulher” e que a autoria das agressA�es A� de uma tia da vA�tima. “Tudo tem limite, meus clientes sA?o sagrados”, protestou, retirando-se da sala.
O senador TelmA?rio Mota treplicou que fez vA?rias perguntas tA�cnicas sobre o embasamento jurA�dico da denA?ncia contra Dilma e que a questA?o sobre o procurador era secundA?ria. “Respondeu porque quis”, alfinetou, recebendo crA�ticas do lA�der do PSDB, senador CA?ssio Cunha Lima (PSDB-PB). “Lamento essa intimidaA�A?o. Querem transformar em rA� a pessoa que acusa”, afirmou o tucano.A�JanaA�na retornou A� mesa e pediu desculpas ao presidente pelo comportamento.Antes de sair do plenA?rio, TelmA?rio Mota tambA�m pediu desculpas discretas A� denunciante, que sorriu e seguiu ouvindo o orador seguinte, senador JosA� Pimentel (PT-CE), lA�der do governo no Congresso.
A�Quando chegou a vez de o senador RomA?rio (PSB-RJ) falar, oito horas depois do inA�cio da sessA?o da comissA?o especial, o ex-jogador comparou JanaA�na Paschoal a si prA?prio. “VocA? me lembra muito um jogador que usava a camisa 11 no passado da SeleA�A?o Brasileira e que nA?o se intimidava com tamanho do zagueiro. Era destemido e teve muito sucesso em sua carreira”, disse, elogiando a advogada e, claro, a si prA?prio.A�Foi a primeira intervenA�A?o do senador na comissA?o, da qual A� titular. Em sua fala, declarou-se favorA?vel ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Tomei essa decisA?o baseado na letra da ConstituiA�A?o Federal”, afirmou, sustentando que Dilma abriu crA�ditos suplementares sem autorizaA�A?o do Congresso Nacional.A�O ex-atleta continuou destacando “a coragem, a determinaA�A?o e o conhecimento jurA�dico” de Janaina Paschoal. “Estou impressionado”. A jurista respondeu: “O senhor se refere A�quele atacante que ficava ali, na boca, sA? esperando para fazer o gol? Olha, e cada gol bonito… NA?o A� rasgaA�A?o de seda, mas nA?o dA? para esquecer. Independentemente de time ou de se declarar favorA?vel ao meu pedido, parabenizo a Vossa ExcelA?ncia pela carreira e tambA�m por ter entrado na polA�tica.”A�RomA?rio se despediu do plenA?rio desejando bom dia aos companheiros, uma vez que jA? havia passado da meia-noite.
Fonte:Bahia NotA�cias
