Rebelião em presídio de Segurança Máxima do Acre completa mais de 20 horas
A rebelião no presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves, localizado em Rio Branco, já se estende por mais de 20 horas, com as negociações ainda sem acordo. A situação começou por volta das 9h30 de quarta-feira (26), e desde então, os presos armados se recusam a se entregar e mantêm um policial penal como refém. As tentativas de negociação foram suspensas durante a noite e foram retomadas nesta quinta-feira (27).
O governo do Acre montou um gabinete de crise para coordenar as ações e fornecer informações oficiais sobre a situação. Embora o grupo rebelado não tenha confirmado, há relatos de mortes no pavilhão que está sob o controle da facção. O promotor de Direitos Humanos, Tales Tranin, que está acompanhando as negociações, também confirmou essas informações.
O secretário de Segurança e Justiça, José Américo, retornou de viagem na noite de quarta-feira e já se reuniu com o gabinete de crise. Segundo informações, espera-se que os presos se entreguem nas próximas horas.
As negociações continuam na manhã de quinta-feira (27), e o promotor relata que os presos estão exigindo garantias de integridade física para se entregarem. O advogado Romano Gouveia, representante do Conselho Comunitário da OAB, também está acompanhando as negociações e afirma que os presos devem se render ainda pela manhã.
As ruas que conduzem ao presídio estão bloqueadas, e um forte esquema de segurança foi montado na Avenida Antônio da Rocha Viana em frente ao Instituto Médico Legal (IML) em Rio Branco. Desde a quarta-feira, familiares buscam informações no local.
Um caminhão frigorífico foi levado ao pátio do IML na noite de quarta-feira, mas o gabinete de crise ainda não se manifestou sobre essa movimentação.
Além disso, a polícia estabeleceu um esquema de segurança nas ruas da capital, com reforço do policiamento em áreas consideradas sensíveis e estratégicas.
O presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves existe há 15 anos e abriga um total de 99 presos, classificados como líderes de grupos criminosos. Os grupos estão divididos em pavilhões no local, que é administrado pelo Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen-AC). A situação continua sob tensão e vigilância das autoridades, buscando uma solução para o impasse e garantindo a segurança da população e dos envolvidos.