Suspeito de liderar ataque ao canal Porta dos Fundos é filiado ao PSL

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Apesar de identificado, ele ainda não foi preso e é considerado foragido

Identificado pela polícia por liderar o ataque ao canal Porta dos Fundos, o empresário Eduardo Fauzi Richard Cerquize é filiado ao PSL, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A informação foi divulgada pelo BuzzFeed News Brasil.

Fauzi faz parte dos quadros da legenda desde 2001 na cidade do Rio de Janeiro e seu cadastro está regular.

O delegado responsável pelo caso, Marco Aurélio de Paula Ribeiro, da 10ª Delegacia de Polícia (Botafogo), disse, em entrevista coletiva hoje (31), que Fauzi já responde por crimes de ameaça, lesão corporal, e delitos enquadrados pela lei Maria da Penha. Apesar de identificado, ele ainda não foi preso e é considerado foragido.

“O Eduardo tem um perfil violento. Tem um perfil antagônico. Ele tem livros ligados à religião cristã, ao Islamismo. Esses dados foram apreendidos hoje, durante a busca e apreensão. Ele é empresário, classe média-alta”, detalhou o delegado.

O PSL foi o partido do qual o presidente Jair Bolsonaro foi filiado e pelo qual se elegeu no ano passado. No entanto, neste ano,  o presidente rompeu com a legenda e anunciou a intenção de fundar um novo partido.

Fauzi é presidente da seção carioca da Frente Integralista Brasileira (FIB), organização de extrema-direita que antes havia negado a autoria do ataque ao prédio do Porta dos Fundos.

Com a decretação da prisão do empresário, identificado como um dos quatro homens que atiraram coquetéis molotov contra o prédio, a FIB nacional anunciou a expulsão do suspeito do ataque. “O lamentável episódio nos faz refletir a respeito da importância de um zelo maior e melhor formação dentre aqueles que entram no movimento”, diz nota da FIB.

Fauzi também é conhecido por outro episódio de violência. Em 2013 ,ele invadiu uma entrevista coletiva do então secretário de Ordem Pública do Rio de Janeiro, Alex Costa, para dar-lhe um soco na cabeça. Ele foi condenado em fevereiro passado a quatro anos de prisão, mas responde ao processo em liberdade.

O ataque ao secretário foi motivado pelo anúncio de fechamento de estacionamentos na área portuária do Rio. Fauzi ainda é presidente da Associação de Guardadores de Veículos, fundada por ele mesmo, e se indignou com as medidas da prefeitura.

*Metro1

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