Taxa de contaminação na Bahia é considerada baixa em relação a outros estados, mas ainda requer atenção, diz Rui

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Na avaliação do governador Rui Costa (PT), a taxa de contaminação do novo coronavírus na Bahia vem se comportando bem abaixo do esperado em relação a outros estados. Mas o alívio não pode ser comemorado e ainda requer atenção. De acordo com ele, o crescimento diário de novos casos se mantém em 4% — o ideal, de acordo com  as autoridades médicas, é de 5% — . O fato, no entanto, não dá o aval para relaxar medidas de contenção do vírus.  

“Nós estamos, durante algumas semanas, mantendo o patamar de 4% em todo o estado, não é um patamar alto, já que começamos aqui na Bahia com 40%, ficamos em algumas cidades, durante muito tempo, com 10% e, hoje, graças a Deus, conseguimos reduzir para 4%. Ainda é um número expressivo e que significa uma demanda hospitalar em torno de 2% de crescimento, de procura por leitos, seja de enfermaria ou UTI. Temos uma taxa de óbito diária de 3%. São números que não estão entre os maiores do país, mas precisamos reduzi-los”, disse Rui durante entrevista à TV Record Itapuan na manhã desta sexta-feira (19). 

Rui, mais uma vez, criticou a postura do Brasil no combate à covid-19. O País, durante a pandemia, teve a troca de dois ministros da Saúde que divergiam do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Bolsonaro se mostra mais flexível em relaxar medidas restritivas. 

“O problema é que o Brasil fez diferente de outros países, principamente os asiáticos, que tomaram o remédio amargo de uma vez só, ou seja,  fizeram o que chamamos de lockdown, fechamento total, fecharam tudo durante 15 a 20 dias. Então, as pessoas ficaram em casa e abaixou o contágio de uma vez (…) Infelizmente o Brasil decidiu tratar o vírus de forma homeopática”, comentou. 

Ainda de acordo com governador, cidades que eram consideradas epicentro da doença, como Jequié e Itabuna, hoje, estão com o vírus “controlado”. A preocupação, no entanto, são com as cidades de Teixeira de Freitas e Gandu, onde o crescimento diário da doença e de 10%. Ele também comentou sobre o retorno do comércio em algumas cidades do interior baiano, a exemplo de Feira de Santana.

“Na primeira semana de contaminação no brasil, houve uma comoção generalizada e cidades que não tinham nenhum caso confirmado terminaram por fechar [o comércio] naquele momento. Eu cheguei a ponderar com alguns prefeitos: ‘olha é melhor você fechar quando a doença chegar na sua cidade ou em alguma cidade vizinha’. Se o prefeito fecha antes, na hora que precisar, o povo já não vai aguentar mais”, completou Rui.

Encosta e hospital

Na manhã desta quinta, o governo do estado fez uma vistoria antes da entrega de um encosta de 20 mil m² e 500 metros de extensão localizada na comunidade do São José, no bairro da Liberdade. De acordo com Rui Costa (PT), a obra custou R$ 22 milhões e é “a maior encosta de Salvador”. A obra vai beneficiar 22 mil pessoas. “A função é salvar vidas humanas”, disse. 

Rui aproveitou a vistoria para informar que as obras do Novo Hospital Metropolitano está em andamento e que deve ser entregue à população nas próximas semanas, “Estamos em processo de definição da gestão do hospital, mas antes do Metropolitanos nós vamos entregar, até o final do mês, o novo Clecleriston Andrade, em Feira de Santana, que, neste primeiro momento, vai funcionar para atender a covid-19”, finalizou.

Fonte: BNews

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