Taxa de ocupação cai para 70%, mas secretário alerta que em junho não haverá verba para expandir leitos

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O secretário de Saúde do município (SMS), Léo Prates (PDT), afirmou nesta sexta-feira (29) que a taxa de ocupação dos leitos de UTI em Salvador caiu para uma média de 70%. 

O titular da SMS, no entanto, ressaltou que este índice se deve aos esforços da Prefeitura e do Governo do Estado, que tem inaugurado regularmente novas unidades de saúde destinadas exclusivamente ao atendimento a pacientes com Covid-19, uma vez que Salvador mantém o crescimento diário do número de casos.

Novamente a previsão para um “colapso” na rede de saúde da capital baiana foi adiada, conforme foi anunciado pelo prefeito ACM Neto, para o fim de junho. Mas Prates alertou, em entrevista a uma TV local que no próximo mês será esgotada a capacidade de “expansão” de novos leitos, e, por isso, é tão importante que a população se “conscientize” da necessidade do distanciamento social.

“Se você aumenta os leitos, você abaixa a taxa de ocupação. Ontem o Governo da Bahia abriu novos leitos, então baixamos o índice, temos de 68 a 70%, mas não pela demanda, como era o ideal, mas pela expansão [… ] a nossa capacidade de expansão, tanto da Prefeitura quando do Governo, terminará no dia 20 de junho. A partir daí, como a gente vai ficar?”, pondera. 

Conseguir reduzir o contágio é necessário para que não haja um “colapso”, que, como o secretário explica, é quando há a falta de vagas em UTI’s.

“Se não temos condição de expandir ainda mais e a demanda só faz crescer, a gente vai entrar em colapso. Vai precisar de um leito de UTI e não vai encontrar […] ganhamos mais tempo, mas é preciso maior conscientização”, apela.

Prates reitera que esta semana é crucial para conseguir dar uma “paulada” na curva de crescimento de casos do novo coronavírus, já que foram antecipados três feriados e decretado o funcionamento somente de serviços essenciais. A taxa de adesão ao isolamento social em Salvador, segundo o secretário, é de 49,1% – ainda distante do número ideal de 70%.

“Precisamos avançar mais no isolamento social. A gente está na fase crítica da doença em Salvador […] tivemos oportunidade como sociedade de dar uma ”paulada na curva’, como diz no popular, dar uma achatada, para em breve começar a retomada da atividade econômica”, prevê, em entrevista ao Jornal da Manhã. 

ZYKA VÍRUS E CHIKUNGUNYA

O secretário Léo Prates anunciou também que a Prefeitura de Salvador vai começar a distribuir repelentes para mulheres grávidas, para a prevenção do zyka vírus e da chikungunya. No início deste ano, Salvador teve um aumento de 400% da incidência de zyka vírus em Salvador e 700% dos casos de chikungunya, em comparação a 2019.

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