Levantamento do Fórum Econômico Mundial mostra que Brasil deve superar patamares de antes da pandemia
De acordo com um estudo recente do Fórum Econômico Mundial, o turismo global deve recuperar os níveis de atividade registrados antes da pandemia de Covid-19 em 2024. O levantamento destaca que a flexibilização das restrições e a demanda reprimida são os principais fatores que impulsionarão a retomada do setor, ajudando a impulsionar o PIB global aos níveis pré-2020.
O estudo revela que o Brasil se destaca como a 26ª principal economia em desenvolvimento no setor de viagens, sendo o único país da América Latina a figurar entre os 30 primeiros. Desde 2019, o Brasil subiu oito posições no ranking, superando os níveis pré-pandemia. No topo da lista estão os Estados Unidos, Espanha, Japão, França e Austrália, respectivamente.
A lista é baseada no Índice de Viagens e Turismo, uma ferramenta do Fórum Econômico Mundial que avalia critérios como segurança, apoio governamental, igualdade de gênero, sustentabilidade da demanda turística e dos recursos naturais em 117 países. O relatório, publicado bienalmente, é realizado em parceria com a Universidade de Surrey, na Inglaterra.
No caso específico do Brasil, o relatório destaca que o setor de viagens se beneficia de seus atrativos culturais, do turismo não relacionado ao lazer e, principalmente, de seus recursos naturais. No entanto, o relatório também aponta que o Brasil precisa focar mais na sustentabilidade para manter esse crescimento.
Os dados mostram que, globalmente, o setor de viagens continua a crescer após a pandemia, mas a recuperação é desigual. Dos 119 países analisados, 71 apresentaram aumento na pontuação – o Brasil teve um incremento de 4,41 pontos, enquanto os Estados Unidos, no topo, tiveram um aumento de 5,24 pontos. No entanto, a média mundial está apenas 0,7% acima dos níveis pré-pandêmicos.
Fatores como mudanças climáticas, tensões geopolíticas (incluindo a Guerra da Ucrânia e o conflito Israel-Hamas), crise econômica e o surgimento de novas tecnologias, como a inteligência artificial, são considerados alguns dos maiores desafios para a plena recuperação do setor.