Violência atinge um em cada quatro jovens, aponta estudo da Fiocruz

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Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que mais de um quarto dos jovens brasileiros de 15 a 29 anos, cerca de 27%, foram vítimas de algum tipo de agressão nos 12 meses anteriores à Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/IBGE) de 2019. Os dados mostram que, em 2019, a taxa de violência para essa faixa etária foi 2,07 vezes maior em comparação com a população adulta. A taxa foi ainda mais preocupante para adolescentes entre 15 e 19 anos, atingindo 397 casos para cada 100 mil habitantes.

O estudo compilou informações da Pesquisa Nacional de Saúde, Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar Contínua e bases de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Além de abordar a violência, o panorama abrangeu condições de trabalho, impactos na saúde mental e mortalidade. O diagnóstico destacou que a taxa de mortalidade é quatro vezes maior para homens jovens em comparação com mulheres, sendo 80,3% para homens e 19,7% para mulheres.

A pesquisa também abordou as condições de trabalho, revelando que 70,1% dos jovens entre 18 e 24 anos estão ocupados ou em busca de emprego. No entanto, esses jovens enfrentam condições de trabalho mais precárias, como informalidade, rotatividade, jornadas extensas com salários menores e menor proteção social. O estudo destaca a sobreposição de trabalho e estudo, afirmando que metade dos jovens que estudam também trabalha.

Além disso, o documento aponta que quase metade dos jovens ocupados com mais de 18 anos esteve exposta a algum fator que poderia afetar sua saúde no trabalho nos últimos 12 meses antes da pesquisa. O estudo visa fornecer subsídios para a formulação de políticas de saúde voltadas para a juventude.

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