Integrantes do governo brasileiro estão preocupados com a possibilidade do retorno de Donald Trump à Casa Branca, o que, segundo a Folha de S. Paulo, poderia aumentar o “potencial de conflito”. As principais preocupações incluem a agenda climática, a situação na Venezuela, o papel de Elon Musk e as articulações internacionais de extrema direita.
Na sexta-feira (1º), o presidente Lula expressou apoio a Kamala Harris e posicionou Trump como parte de uma nova onda de “nazismo e fascismo” global. “Como amante da democracia, considero isso a coisa mais sagrada que conseguimos construir para governar nosso país. Estou torcendo para Kamala ganhar as eleições”, afirmou.
Embora Lula mantenha uma boa relação pessoal com Joe Biden, que visitará Manaus e Brasília em novembro para a reunião do G20, essa conexão não se espera que se repita com Trump. Contudo, membros do governo brasileiro manifestaram disposição para trabalhar com quem for eleito, reconhecendo um aspecto pragmático no republicano.
De acordo com a reportagem, algumas derrotas já são consideradas prováveis, como o retrocesso na cooperação ambiental. Durante seu mandato, Trump retirou os EUA do Acordo de Paris e revogou regulamentos ambientais, além de prometer apoio contínuo aos combustíveis fósseis. A indústria de petróleo e gás, que é a quarta maior doadora da campanha de Trump, contribuiu com US$ 14 milhões.
O Brasil se prepara para sediar a COP, a conferência do clima da ONU, em Belém no próximo ano, e contava com o apoio financeiro e político dos EUA para transformar o evento em uma plataforma de novos mecanismos de financiamento para a transição energética.