A boemia baiana de luto
Icônico barraqueiro de Itapuã, Juvena morreu aos 78 anos.
Era do psicólogo Juvenal Silva Souza (formado na primeira turma do curso na Universidade Federal da Bahia, em 1967) a barraca mais famosa de Salvador. Simplesmente conhecida como a Barraca de Juvená, em Itapuã ou nas festas de largo, era local de encontro de toda uma geração de boêmios, políticos, empresários, artistas e visitantes de todo o mundo.
Em 2010, a Prefeitura de Salvador, alegando “ocupação irregular da faixa de areia da praia”, recorreu à Justiça e conseguiu autorização para destruir sua barraca, parte da história da capital baiana, e que ele mantinha por 40 anos na rua K, em Itapuã.
Ele abriu, então, o “Espaço Eco-Etílico Cultural”, com quase 5 mil metros quadrados, na Rua Pasárgada, ao lado do hotel Deville, antigo Quatro Rodas, e para onde levou exposições, shows e saraus. O espaço passou a ser seu local de trabalho e morada, com a esposa Doya e dois filhos.
Seja na praia ou no novo espaço, Juvená sempre foi sinônimo de boa música, amizade, grandes encontros e boemia de qualidade, saudosa. A escolha perfeita para os amantes da MPB, do samba, da bossa e do choro.
Juvená, de 78 anos, estava internado no Hospital da Bahia, em Salvador, desde a quarta-feira, 26 de maio. O corpo será cremado no Jardim da Saudade, em uma cerimônia privada, na tarde deste domingo, 30 de maio.
O músico, cantor e compositor Paulo Vaqueiro eternizou o amigo e mentor, a quem chamava de profeta, na música que você pode conferir aqui: