Lauro de Freitas: obras de limpeza do Rio Sapato estão paradas desde o ano passado

O coordenador da Salva disse que fotos que retratam a situação foram enviadas para a SESP, mas ainda assim a situação não foi resolvida

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As obras de limpeza do Rio Sapato, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, estão paradas. Segundo o coordenador geral da Sociedade Amigos do Loteamento Vilas do Atlântico (Salva), Márcio Costa, as ações não são executadas desde outubro de 2018.

Em dois anos e meio de gestão, a prefeita Moema Gramacho nunca limpou o rio totalmente. Eu, como morador, coordenador da Salva e engenheiro químico aposentado, acompanho isso desde o início da gestão dela. O Rio Sapato é o único rio ainda vivo em Lauro de Freitas e tem este tratamento de esquecimento deplorável.

Segundo Costa, uma retroescavadeira, alugada pela Prefeitura, está exposta às margens do rio, na Avenida Copacabana, em Vilas do Atlântico. O equipamento seria utilizado para retirar vegetações que bloqueiam o escoamento das águas do rio e provocam transbordamentos.

“Normalmente, a máquina é alugada, paga por hora. Não sei o tipo de contrato firmado com a prefeitura. Está abandonada há meses. Enquanto isso, o rio está todo coberto de vegetação. A Prefeitura falou que colocaria 20 homens para limpar regularmente, mas até o momento nada”, lamenta.

O coordenador da Salva ressalta que o caso foi encaminhado para a Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), mas a situação não foi resolvida.

Outro lado
Procurada pela reportagem, a assessoria da Prefeitura de Lauro de Freitas informou que a retroescavadeira pertence a uma empresa que prestou serviços à Prefeitura no ano passado. Na época, uma peça do equipamento quebrou e o serviço foi suspenso. “Não há, portanto, nenhum custo para a administração municipal neste tempo em que o equipamento está parado”, justifica.

A Prefeitura informou ainda que as ações de limpeza do Rio Sapato continuam, inclusive com acompanhamento do Ministério Público da Bahia (MP-BA), e envolvem, além da utilização da tecnologia japonesa EM-1, cujos resultados estão sendo monitorados pela  Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa), a notificação de proprietários de imóveis situados às margens do rio. De acordo com a administração municipal, esses moradores estão sendo chamados para informar o projeto de esgotamento sanitário de seus imóveis e apresentar documentos que atestem a tipologia, a manutenção e operação do sistema.

Imagem feita pela Prefeitura em março deste ano

Por fim, a assessoria da Prefeitura acrescentou que não procede que nenhuma limpeza tenha sido feita. “A Sesp atua constantemente. O problema é o esgoto in natura que vários imóveis lançam no rio e acentuam a proliferação das baronesas”, encerra.

*Metro1

 

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