YouTube alega violações e exclui canais do Terça Livre do site

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Plataforma afirmou que as páginas estariam cometendo violações reiteradas aos termos de uso

O YouTube removeu, na quarta-feira (3), os dois canais do site Terça Livre que eram cadastrados na plataforma. Ao tentar acessar os conteúdos das páginas Terça Livre TV e Terça Livre Live, o usuário passa a receber a mensagem de que as páginas não estão mais disponíveis.

Em nota divulgada pelo YouTube, a empresa alegou que fez a remoção por, segundo ela, reiteradas violações promovidas pelas páginas, mas não esclareceu quais exatamente seriam essas infrações às regras. No comunicado, a empresa ainda disse que “se reserva o direito de restringir a criação de conteúdo de acordo com os próprios critério”.

– Todos os conteúdos publicados na plataforma precisam seguir as diretrizes de comunidade – disse a empresa.

Em seu perfil no Telegram, o jornalista e fundador do Terça Livre, Allan dos Santos, afirmou que a equipe do site já esperava a decisão tomada pelo YouTube por conta de diversas decisões recentes contra personalidades conservadoras. Allan também chamou a decisão de “maior e mais orquestrada operação contra a liberdade de expressão e de imprensa da história recente”.

– Não conseguiram parar o canal Terça Livre e acharam que retirando-nos do YouTube, onde éramos líderes de audiência, seria o fim de nossa empresa. Continuaremos a fazer nossos Boletins do jeito que der, até que tenhamos a nossa própria plataforma, que custa muito caro – declarou.

O jornalista Paulo Figueiredo Filho, que colabora com o site, compartilhou em sua conta no Twitter o e-mail enviado pelo YouTube. Na mensagem, a plataforma repetiu alguns dos argumentos que constaram na nota oficial e acrescentaram alegações de que a página teria cometido “infrações graves ou repetidas” às políticas da plataforma.

E-mail enviado pelo YouTube justificando a exclusão dos canais do Terça Livre Foto: Reprodução

Em uma transmissão no Instagram, um dos fundadores do site, Italo Lorenzon, comentou a exclusão dos canais e chamou o movimento realizado pela plataforma de vídeos do Google de “censura”. Lorenzon também disse que o site continuará as atividades e usará outras plataformas, como o Instagram, para divulgar seus vídeos.

– Não podemos dizer que estamos surpresos com o que aconteceu. Talvez essa seja a maior porrada que a gente já tomou em termos de censura – afirmou.

Confira a nota do YouTube:

Todos os conteúdos no YouTube precisam seguir nossas diretrizes de comunidade. Contamos com uma combinação de sistemas inteligentes, revisores humanos e denúncias de usuários para identificar conteúdo suspeito e agimos rapidamente sobre aqueles que estão em desacordo com nossas políticas.

O YouTube também se reserva o direito de restringir a criação de conteúdo de acordo com os próprios critérios. Caso uma conta tenha sido restringida na plataforma ou impossibilitada de usar algum dos nossos recursos, o criador não poderá usar outro canal para contornar essas penalidades.

Essa regra se aplicará a todo o período em que a restrição estiver ativa. Consideramos a violação dela um descumprimento dos nossos Termos de Serviço, o que pode levar ao encerramento da conta.

*pleno.news

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